A Univille, universidade comunitária de Joinville e região, conquistou a aprovação de dois projetos junto ao governo federal para fortalecer a preservação e pesquisa dos acervos históricos e culturais da região. O investimento de R$ 4,2 milhões é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da universidade, Prof. Dr. Paulo França, destaca a qualidade das propostas da Univille, que se sobressaíram entre iniciativas de universidades federais, bibliotecas e museus nacionais.
“Essa conquista junto ao governo federal fortalece nossa missão de preservar a história e a ciência na região, garantindo o acesso a materiais fundamentais para a memória e o conhecimento regional”, afirma o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Dr. Paulo França.
Estudo e popularização de coleções arqueológicas da região
O primeiro projeto vai aprimorar as ações de preservação, pesquisa e divulgação científica do acervo do Laboratório de Arqueologia e Patrimônio Arqueológico (LAPArq) da Univille. O resultado deve expandir o alcance dos trabalhos desenvolvidos no LAPArq e torná-los ainda mais qualificados, abrangentes e inclusivos.
O espaço abriga coleções de diversos sítios arqueológicos da região, entre eles, o Estaleiro I, que tem vestígios de caçadores e coletores com mais de 10 mil anos e de populações negras, em São Francisco do Sul.

O investimento de R$ 2,1 milhões permitirá a reestruturação do laboratório, aquisição de novos equipamentos e a implementação de técnicas avançadas de análise, como a extração de colágeno de ossos, um procedimento raro em universidades brasileiras.
“A Baía da Babitonga é considerada um paraíso da arqueologia, com cerca de 200 sítios arqueológicos na região. Esses vestígios são essenciais para entender a história de sociedades sem registros escritos”, destaca Dione Bandeira, coordenadora do LAPArq.
O laboratório, localizado na sala A-222 do campus Joinville, também realiza ações educativas, recebendo escolas e realizando atividades de ensino superior da universidade.
Preservação de patrimônio ligado à Ciência no norte de SC
O segundo projeto aprovado visa a preservação e digitalização do patrimônio documental do ensino superior na região, salvaguardado pelo Centro Memorial da Univille, a primeira e maior universidade do norte de Santa Catarina.
O acervo inclui documentos desde os primeiros cursos de graduação, seis décadas atrás. Ao longo dos anos, o acervo se expandiu, com registros acadêmicos, fotografias, fitas magnéticas e objetos, como uma máquina de calcular analógica usada pelas turmas de Ciências Econômicas (foto), primeiro curso de ensino superior de Joinville, iniciado em 1965.

Calculadora FACIT C1/13 compõe acervo do Centro Memorial Univille
O coordenador do centro, Prof. Dr. Fernando Sossai, explica que o investimento de R$ 2,1 milhões começará com a atualização do diagnóstico de conservação dos documentos e seguirá com a higienização, catalogação, digitalização e disponibilização pública.
“Queremos não apenas mostrar o resultado, mas também permitir que a comunidade acadêmica acompanhe o processo de preservação histórica”, afirma.

Somente no último ano, o Centro Memorial da Univille recebeu cerca de 1,2 mil estudantes. Com a digitalização, o acervo estará disponível para pesquisadores, acadêmicos e escolas da educação básica, ampliando o acesso ao patrimônio histórico e científico da região.
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